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No final do século XIX, poetas como Charles Baudelaire, Arthur Rimbaud e Stéphane Mallarmé, articularam poemas que possuíam três características: descrição dos outros do homem branco heterossexual europeu, uso de uma linguagem mais próxima da adotada por esses outros, bem como elogio de um novo mundo mais aberto a esses outros. Essas características também podem ser encontradas em incontáveis poemas publicados ao longo do século XX. Por exemplo, por Manuel Bandeira, Carlos Drummond de Andrade, Allen Ginsberg, Sylvia Plath, Paul Celan, Ernesto Cardenal etc. Hoje, incontáveis artefatos culturais de massa (e.g., séries da Netflix) procuram representar a diversidade de sexo/gênero, raça, classe social, religião etc. Além disso, não são poucos os líderes políticos (e.g., do Partido Democrata dos EUA) que se descrevem como defensores das mais variadas minorias. À luz desse contexto, o que é uma poesia subversiva no século XXI? Seria uma poesia que ainda possui as três mencionadas características? Uma que se vale de formas tradicionais como o soneto? Seria uma poesia subversiva uma “adaptável” para o formato Netflix? Seria uma que “ecoa” os discursos dos nomeados líderes? Uma que critica tais líderes e “ecoa” outros que se descrevem como cristãos, conservadores ou nacionalistas? etc. Para comemorar os 10 anos da Revista Subversa, está aberta até 30/09/2024 uma chamada para o envio de poemas que tratem de questões como essas.

Felipe G. A. Moreira

COMO ENVIAR:

Cada autor(a) poderá participar com 01 poema, escrito em Word, tamanho 12, espaço entre linhas de 1,5 cm. Ao final do trabalho, informar autoria, cidade e país.

Enviar para: manuscritos@revistasubversa.com

Assunto do e-mail: Subversa ficção.

O texto deverá ser remetido como anexo e só aceitaremos um texto por e-mail.

O envio e a publicação são gratuitos. A previsão de publicação é até março de 2025.