arte e psicanálise | @revistasubversa | ISSN: 2359-5817

botar a tônica na forma permite que tenhamos um olhar dimensional e revelador sobre um objeto: enxergá-lo além de uma perspectiva clássica, pré-existente. tudo é novo para quem quer encontrar uma forma diferente de viver. compartilhamos do mesmo gesto assim, quando nos vemos inseridos em algum desafio cujo desejo de ir para fora é vital. mais do que (simplesmente) escapar, sair vivo pressupõe deslocar-se totalmente de um lugar (por trás dos olhos), passar do interior ao exterior (de si). para sair de algum lugar é preciso, primeiro, tê-lo frequentado. ter feito parte como alguém ativo (criador) ou mero espectador (receptor), que também entra mais para dentro da vida. observar e assumir espaços, ampliar suas dimensões, é sair vivo entrando na vanguarda do tempo, produzindo em único objeto (momento/situação) diferentes pontos de sombra & luz e, a partir daí, encarar a jornada do escoamento (de si). na tarefa da palavra, bem como na da escuta, se entra e se sai a todo instante quanto o corpo suporta. e o corpo (caminho para muitas saídas) suporta mais do que os manuais impressos dão conta.

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