Editorial Vol. 3 | n.º 7 | Novembro de 2015
— 1 de novembro de 2015“Bem-vindo à nossa câmara cibernética de mil aninhos!”
Estevan Ketzer
A Subversa tem uma relação especial com o tempo. Ela só existe como resultado de um tempo de maturação e compromisso literário. Só existe porque acreditamos que a literatura é, em si, um relógio à parte no mundo, que vai marcando seu ritmo lenta e substancialmente. Ela existe, também, porque acreditamos que a literatura está nascendo o tempo todo. No Brasil, em Portugal e onde quer que exista o desejo de produção e expressão através de uma forma nova.
O penúltimo mês do ano inicia e o Volume 3 ainda anunciará mais três números até o final de 2015. Iremos até o número 10, firmes e perseverantes, dedicando um tempo linear e sistemático para desenvolver os planos de crescimento e expansão da revista. E esse é um tempo objetivo, cronológico, marcado em números, dividido em semanas, dias, minutos e fusos. Ainda que com alguns tropeços, eis o tempo da Sub. Turbulento, mas constante, como nas profundezas mais desconhecidas do Atlântico.
“Só vai levar alguns milênios, alguns universos”, escreve Caroline Policarpo, uma das autoras deste número. “Rimos, por fim, ao dizer com um sorriso tão temporário como nós mesmos que matamos por costume e tradição”, você lê na crônica de Eric Costa, que já é da casa.
E assim vamos andando, a favor do tempo, preenchendo-o com páginas, versos e imagens que, hoje, são assinadas pela gaúcha Sharisy Pezzi, de Caxias do Sul, uma das regiões mais frias do Brasil. As temperaturas lá, no inverno, se aproximam às do inverno português, que vem se instalando, aos poucos, no tempo do continente europeu.
Estamos do lado de cá e do lado de lá. Satisfeitas em apresentar uma revista que desliza sobre o tempo e permanece nele, acreditando na sua verdade. O maior compromisso que podemos ter com o tempo é simplesmente não pensar nele.
As editoras.
MILTON REZENDE | GOLES DE LEVEZA
CAROLINE POLICARPO |PELO CAMINHO
MAURICIO LIMA | ARANHAS
ERIC COSTA | CHRONOS
GIULIANA BRUNI | VERMELHA DOR
FERNANDO RAMOS | KARDEC versus SADE
ABÍLIO PACHECO | MEDITAÇÃO AO TOCANTINS
ALEXANDRA LOPES DA CUNHA| MINERAL
ESTEVAN KETZER | MÍSSIL-FÓSSIL (2): A CONFISSÃO DO QUE NÃO SABE
MARIA JOÃO VAZ |CATARSE
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