Lições | Felipe Fleury
— 14 de janeiro de 2021
Falemos do mal, que se aprende mais fácil,
que entra pelos poros, osmose a céu aberto,
nem precisa de escola, nem de regras
grafadas em pedra, tão acessível quanto
sinal de wi-fi sem palavra secreta.
Falemos agora do que resta,
que, por sua vez, é mais complexo,
parte do princípio de que é o seu oposto,
de que deveria habitar cada gesto,
como, por exemplo, estender as mãos
ao aflito, sem lavá-las depois,
abaixar-se até aos que estão de joelhos,
aprender o mal só para desaprendê-lo.
Felipe Fleury | Formado em Direito, é funcionário público e mora em Petrópolis/RJ. Tem poemas publicados na antologia do concurso de poesias da Universidade Federal de São João Del Rey (2018), nas Revistas Literárias Aboio, Contexto, Cult, Diversos Afins, Mallarmargens e Ruído Manifesto. Instagram: @felipefleuryffc
2 Comentários
Maravilhoso e necessário!
Muito obrigado, Elimacuxi!