Editorial Vol. 12 | n.º 01 | janeiro de 2020
— 15 de janeiro de 2020
“A tarefa atual da arte é introduzir o caos na ordem”
Theodor Adorno, Minima Moralia
Chegamos ao nosso volume doze. Doze como uma dama no baralho de cartas. Como a base do calendário babilônico. Como o número que marca o meio-dia, como os signos do zodíaco. Os apóstolos de Jesus. Volume doze como a sequência dos meses do ano. Como o ano em que o mundo tantas vezes ameaçou acabar. Doze, número ordenadíssimo. Confortável. Nada melhor que doze horas de sono para quem muito se cansou do caos do mundo.
Doze a ponto de virar tudo ao contrário com um só golpe. Tão bem está este volume doze que a nós só resta bagunçar você. Vem o verso e desorganiza os dozes do mundo, as doses do mundo de cada um. A literatura não tem apenas uma medida. Vem do caos e ao caos garante o retorno. Caoticamente continuamos publicando o texto literário, no ritmo dessa revista cabalística que vai vivendo como uma estranha no ninho.
Desejamos a todos uma boa leitura.
As editoras.
Clique nos textos para ler:
o canto noctilucente do pássaro notívago | Edwardo Silva
Error | Bianca Camargo de Lima
Êxodo de mim | Estevão Barbosa
Ao lado | João Henrique Balbinot
composição n.3 | João Vitor Haeberle Jaeger
Amazônia é fogo que arde sem se ver | Júlio Valentim Barbosa Neto
Senhor descrente | Lyra Vetiver
Gatilho | Michaela V. Schmaedel
nessa terra não há diplomacia | Raí Prado Morgado
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